Romance: Tentação da Serpente


Um olhar feminino sobre o Antigo Testamento.
Uma história de mulheres, para mulheres, de que os homens também gostam.

"Tentação da Serpente" é uma reedição de "O Romance da Bíblia", publicado em 2010.

28 fevereiro 2013

"Tentação da Serpente" - o meu protesto e denúncia


Escrever o romance "Tentação da Serpente" (nova edição de "O Romance da Bíblia", cujo título não correspondia correctamente ao conteúdo do livro, que apenas retrata as histórias e ambientes do Antigo Testamento) foi o meu protesto e denúncia dos crimes a que ainda hoje estão sujeitas as mulheres em muitas partes do mundo muçulmano, onde impera a lei da Sharia e o fanatismo religioso.

Quando o poder é exercido pelos fundamentalistas islâmicos, a mulher, em qualquer estado civil da sua vida não goza de quaisquer direitos fundamentais, nem da protecção do Estado contra os que a violentam física e psicologicamente, a humilham ou assassinam.

As três grandes religiões - cristianismo,judaísmo e islamismo - reclamam-se como únicas e verdadeiras, sendo todavia herdeiras do mesmo Livro Sagrado, escrito a partir das lendas e mitos da tradição oral de povos nómadas, em tempos de violência e ignorância, em que a mulher tinha um estatuto e valor semelhante, senão inferior, aos do gado. No cristianismo a evolução foi custosa mas triunfante, mais lenta no judaísmo e de retorno à mais primitiva barbárie no muçulmano.

No meu romance, procurei recriar esse mundo do Antigo Testamento, segundo uma perspectiva realista e histórica, com base nos textos bíblicos, mas também em documentos e vestígios de outros povos seus vizinhos. E esse mundo brutal, de selvagem luta pela sobrevivência de um povo supostamente "escolhido", surge através do sacrifício e humilhação de todas aquelas mulheres que são apresentadas como exemplo de sujeição obediente ou de pecado merecedor de castigo e até de morte, à mercê da arbitrariedade e capricho dos homens, que justificam todos os seus crimes e violência sexual contra as mulheres "com a vontade de Deus, de Jeová ou de Alá"!

Tema, portanto, de extrema actualidade, quando a tão aclamada "Primavera Árabe", em poucos meses se transformou no mais negro e infernal Inverno.

Menina violada condenada a cem chicotadas

 
A barbárie muçulmana, em pleno Século XXI, nas Maldivas, sob a  lei da Sharia, em que se cometem crimes infames contra as mulheres em nome de Deus e da religião.


Castigo  aplicado a uma mulher


Folha de S. Paulo
Quarta-feira 27 de Fevereiro  de 2013

"Uma jovem de 15 anos vítima de estupro foi condenada a receber cem chibatadas por manter relações sexuais sem ser casada, de acordo com autoridades das Maldivas.

As acusações contra a garota foram feitas no ano passado depois que a polícia investigou denúncias de que o padrasto a teria estuprado e matado o filho dos dois. Ele ainda será julgado.

Promotores, no entanto, dizem que a condenação da garota não tem relação com o caso de estupro. A Anistia Internacional disse que a sentença é "cruel, degradante e desumana". O governo das Maldivas disse que não concorda com a punição e que tentará mudar a lei.

A porta-voz do tribunal de menores, Zaima Nasheed, disse que a jovem também deverá permanecer em um reformatório por oito meses. Ela defendeu a condenação, dizendo que a menina cometeu voluntariamente um ato ilegal.

Autoridades locais afirmam que ela será punida quando completar 18 anos, a não ser que peça o adiantamento da punição.

O caso nos tribunais teve início depois que a polícia foi chamada para investigar o corpo de um bebê morto, que foi encontrado enterrado na ilha de Feydhoo no Atol de Shaviyani, norte do país. O padrasto da garota foi acusado de estuprá-la, engravidá-la e de matar o bebê. A mãe também é acusada de não denunciar o abuso às autoridades.

O sistema judiciário das Maldivas, um arquipélago islâmico com uma população de cerca de 400 mil pessoas, tem elementos da sharia (lei islâmica) e do direito britânico.

O pesquisador da Amnistia Internacional Ahmed Faiz disse que o açoite é "cruel, degradante e desumano" e pediu que as autoridades abandonem a prática. "Estamos muito surpresos que o governo não esteja fazendo nada para anular esse tipo de punição - removê-lo totalmente da legislação." "Esse não é o único caso. Está acontecendo frequentemente - no mês passado houve outra garota que foi violentada e condenada a chibatadas", afirmou.

Faiz disse ainda que não sabe quando a sentença do caso anterior foi executada, já que as pessoas não querem discutir abertamente a situação.".

(Nota: O texto, extraído do Jornal Folha de S. Paulo, está escrito em Português do Brasil)

15 fevereiro 2013

Malalai Joya - The Film



A Woman Among Warlords - Malalai Joya - The Film

"Over 250 Afghan men & women marched today in the capital Kabul demanding an end to violence against women in Afghanistan. The Kabul march was organized as part of the of the "@ONE BILLION RISING" global campaign to protect women & girls fr...om violence. In his message, UN Sec. Ban Ki-Moon said 'the campaing must trigger action".
Malalai Joya in Facebook: https://www.facebook.com/awomanamongwarlords