A jornalista
ucraniana Tetiana Chornovil considerou que o ataque de que foi vítima na
quarta-feira "não terá sido cometido de forma aleatória", depois de
passar o dia a fotografar as propriedades do ministro do Interior e
procurador-geral.
Em entrevista à
televisão pertencente à oposição da Ucrânia, Kanal 5, ainda no hospital,
a jornalista opositora do Governo, que tem o nariz partido e ainda não
pode abrir um olho, disse que no dia da agressão foi seguida "por um
jipe de luxo de cor preta".
A agressão ocorreu no mesmo dia em
que a jornalista fez várias fotos das propriedades do ministro do
Interior, Vitaly Zakharchenko, e do procurador-geral Viktor Pchonka,
afirmou Tetiana Chornovil, que é igualmente ativista da "Euromaidan"
(Praça da Independência), onde se concentram as manifestações pró-União
Europeia.
O ataque aconteceu perto da meia-noite (hora local) numa
rua próxima da cidade de Boríspol, na periferia de Kiev, quando
Chornovil regressava de carro da capital para sua casa na localidade de
Gorá.
"Voltei para a minha aldeia (nos arredores de Kiev). Quando
eu vi este carro, eu decidi ir para Maidan", contou a jornalista,
assinalando que o veículo que a seguia começou a bater de todos os lados
para a forçar a parar o automóvel.
"Quando você é atingido por um
carro e de luxo, você entende que sua vida tem um preço", disse,
adiantando que, apesar de ter tentado fugir, um dos ocupantes do jipe
quebrou uma janela do seu carro, pegaram nela e bateram-lhe "várias
vezes na cabeça e no rosto".
"Eu tinha certeza de que me queriam matar", afirmou, na entrevista ao Canal 5.
A
jornalista, que publicou vários trabalhos investigativos sobre a
residência "ilegalmente privatizadas" pelo Presidente da Ucrânia, Viktor
Yanukovych, disse igualmente na entrevista que descobriram recentemente
uma nova residência do chefe de Estado ucraniano.
A agressão a
Tetiana Tchornovol, que também está na vanguarda da disputa
pró-europeia, causou uma onda de revolta na Ucrânia e no exterior, e a
oposição ucraniana convocou uma nova manifestação para domingo.
Entretanto, a polícia ucraniana anunciou que foram já detidos três suspeitos da agressão à jornalista.
Na véspera de Natal uma mulher indiana foi atacada duas vezes por dois gangues diferentes quando saiu da casa de uns amigos. Pelo meio ainda foi ajudada por uns conhecidos mas o segundo grupo de homens conseguiu raptá-la dos ajudantes, avança a BBC.
Uma mulher de 21 anos foi violada por dois gangues diferentes no mesmo dia, em Pondicherry, na India. A polícia local afirmou que os 10 homens envolvidos foram detidos, de acordo com a BBC.
Smitha regressava a casa depois de passar a
consoada com uns amigos, em Karaikal, na província de Puducherry, na
Índia, quando foi sequestrada por três homens e violada por um deles.
Alguns minutos depois, outro grupo de sete homens chegou e seis deles
voltaram a violá-la, um por um, alternadamente.
Smitha estava acompanhada de uma amiga e do namorado
desta. Rani queixou-se de mal estar e o rapaz propôs que fossem para
casa de um amigo, ali perto. Smitha sugeriu que subissem só os dois,
pois queria voltar para casa cedo. E seguiu caminho.
No momento em que se encontrava sozinha, em segundos,
um gangue de três homens aproximou-se e sequestrou-a. A jovem ainda
conseguiu contactar uns amigos, dois dos quais a localizaram e foram ao
seu encontro, mas, quando estavam a levá-la para um local seguro,
apareceu outro gangue de sete homens que os atacou, afastando-os. E
Smitha voltou a ser violada e agredida violentamente.
Os dois amigos, já recuperados, iniciaram uma caça
aos agressores e partiram em busca da jovem. Conseguiram identificar um
dos homens envolvidos e decidiram fazer justiça, envolvendo-se numa rixa
com o guangue que, entretanto, se reunira.
Um homem residente no local alertou a polícia para o
que estava a suceder. Três dos agressores foram presos e outros sete
suspeitos detidos mais tarde. A polícia adiantou que um dos jovens
acusados era menor de idade e avança ainda que os dois grupos não têm qualquer relação entre si e não eram conhecidos da vítima.
A comandante da polícia local, Monika Bahardwaj,
revelou que foi aberta uma investigação para averiguar a veracidade do
depoimento da vítima. O inspetor e chefe do departamento,
Venkatachalapathy Sabapathy, foi suspenso por não conseguir lidar com o
incidente.
A BBC refere que dois agentes da polícia foram suspensos no desenrolar
deste caso por se terem negado a registar a participação da mulher.
Os suspeitos já confessaram o crime, diz a polícia, mas ainda não
foram formalmente acusados pelo tribunal. Nenhum deles falou
publicamente sobre o sucedido.
Smitha trabalhava numa empresa de informática, em
Tamil Nadu. Foi encontrada em estado muito grave e está neste momento
internada no Hospital de Yaraikal, perto de Puducherry.
A Índia tem sido amplamente noticiada devido a casos de violência contra as mulheres, mesmo tendo já havido mudanças nas leis devido ao caso ocorrido em Dezembro do ano passado em Nova Dehli, em que uma estudante de 23 anos foi espancada e violada repetidamente num autocarro em movimento por um grupo de homens, tendo resultado na sua morte.
Enquanto criança a crescer na Coreia do Norte, Hyeonseo Lee pensava que o seu país era "o melhor do mundo". Apenas com a fome dos anos 90 é que começou a questionar-se. Ela fugiu do país aos 14 anos, para começar uma vida na clandestinidade, como refugiada na China. A ela pertence uma história angustiante e pessoal de sobrevivência e esperança – e uma poderosa lembrança daqueles que enfrentam o perigo constante, mesmo quando a fronteira já ficou para trás.
Born in North Korea,
Filmed Feb 2013 • Posted Mar 2013 • TED2013
Hyeonseo Lee left for China in 1997. Now living in South Korea, she has become an activist for fellow refugees.
Não existe uma verdadeira lei que proíba as mulheres de conduzir na Arábia Saudita. Mas é proibido.
Há dois anos, Manal al-Sharif decidiu encorajar as mulheres a conduzir, fazendo-o — e filmando-se para o YouTube. Ouçam a sua história do que aconteceu em seguida e como ela luta pelos direitos das mulheres sauditas.
Manal al-Sharif advocates for women’s right to drive, male guardianship annulment, and family protection in Saudi Arabia.
Atrizes satirizam culpabilização da mulher, na Índia, em casos de violação
A maioria das vítimas de ataques sexuais são
mulheres, que vêem apontadas as suas roupas como razão do crime que
sofreram. Atrizes de Bollywood usam a comédia para criticar este
argumento.
Duas atrizes indianas usam o sarcasmo
para criticar aqueles que culpabilizam as mulheres vítimas de violação
sexual, seja por saírem à noite com amigos homens ou por usarem saias na
rua.
Nos últimos meses têm ocorrido vários casos
de abusos sexuais na Índia, incluindo ataques em grupo. O debate sobre
este tema é cada vez mais frequente na sociedade indiana.
O
vídeo, intitulado ‘A culpa é tua', mostra duas atrizes, ambas membros
do grupo de comédia All India Backhod's, a dizerem às mulheres que elas
são culpadas pelo crime que sofreram.
"Mulher, a
culpa é tua", repetem à medida que apontam as razões para a sua
violação: ficar a trabalhar até tarde, as roupas que usam e não dar luta
aos agressores, à medida que vão ficando com cada vez mais feridas e
ensanguentadas.
25 mil mulheres por ano são violadas na Índia, uma a
cada 20 minutos. Há oito meses uma violação coletiva num autocarro, em
plena luz do dia, matou uma estudante. O caso incendiou a opinião
pública indiana e deu visibilidade mundial a este crime horrendo, apesar
disso o número de violações sexuais não pára de aumentar.
Artigo
publicado no portal Opera Mundi - 2 Setembro, 2013
Sonali Mukerjee era estudante em Dhanbad, uma pequena cidade do
nordeste. No dia 22 de abril de 2003, três jovens assediaram-na
sexualmente ao sair do colégio. A jovem defendeu-se e chegou a casa
ilesa. Durante a noite, os atacantes invadiram-lhe a casa e lançaram-lhe
ácido no rosto e em boa parte do corpo, enquanto dormia. A
sua pele ardeu, os seus olhos e orelha desapareceram quase por completo.
Tinha 18 anos e hoje ainda necessita de cirurgias para continuar viva.
Os seus agressores passaram dois anos na cadeia.
Tal como Sonali, a famosa heroína de Déli que morreu em dezembro
passado, defendeu-se dos seus agressores. O nível de violência exercido
pelos seus cinco violadores, num autocarro em movimento, escandalizou a
sociedade hindu, que protestou e exigiu o fim das agressões. Não participaram apenas
os militantes e as feministas, também a classe média profissional e
os estudantes marcharam na capital, em Mumbai e em uma dúzia de
cidades.
O dia a dia da jovem estudante de fisioterapia de 22 anos, em coma
num hospital, era transmitido ao vivo por emissoras de televisão e rádio
de todo o mundo. Logo após a sua morte, com os cinco acusados
detidos (um deles menor de idade), o seu pai e vários políticos pediram
pena de morte para os arguidos.
Desde então, há nos meios de comunicação um debate sobre a agressão
contra as mulheres, com as violações em primeiro plano. Paradoxalmente,
algumas semanas depois, pelo menos oito adolescentes indianas foram
violadas num internato para mulheres no estado de Orissa — caso que
mereceu apenas alguns parágrafos em um dos diários nacionais em fevereiro.
Como explicar a frequência das violações (cuja incidência
aumentou até 70% no sul da Índia nos últimos dois anos) e a extrema violência das agressões masculinas.
Sonali, que percorre o país defendendo vítimas como ela, acredita que
em parte isso acontece porque as mulheres ainda acreditam estar
indefesas, e luta para que se fortaleçam e aprendam defesa pessoal. “Se
uma mulher ou uma jovem acredita ser frágil, talvez não consiga proteger-se ”, explica.
Boski Jain, jovem profissional do centro do país, e Abenla Ozükum,
trabalhadora social indiana do nordeste, coincidem numa coisa: as formas
de domínio masculino são antigas, os homens, na Índia, “têm visto as
mulheres desde sempre como mercadorias, se considerando superiores e
depreciando-as”, explica Ozükum.
Estigma de ser mulher
Aqui, as demonstrações físicas de afecto em público são escassas. Os
jovens raramente dão as mãos e não se beijam nos parques ou centros
comerciais. Os meios de transporte colectivo reservam, por lei, uma
porção de lugares para as mulheres e as penas por delitos sexuais
incluem a morte por enforcamento.
Por outro lado, os casos de agressões e abusos são comuns. Na rua e
em casa, nos autocarros e nas escolas. “Talvez devessem torná-los
impotentes pelo resto da vida, castigá-los com toda severidade”, afirma
Boski Jain, de 25 anos.
No entanto, a possibilidade de contar com a polícia é
insignificante. Há um ano, a revista Tehelka realizou uma reportagem
escondida em diversas esquadras. Mais de doze oficiais explicaram frente
a uma câmara que as mulheres quase sempre provocavam (ou desejavam) a
violação. Talvez por isso o nível de condenações por violação é apenas
26% dos casos denunciados.
Alguns costumes masculinos
Pode ser pior: muitas vezes, sobretudo em comunidades ou famílias
muito religiosas, independentemente de crenças, classe ou casta, as
mulheres violentadas são obrigadas a casar com os seus agressores, como
reparação pelo dano e para restituir sua honra, que de outra forma
perderiam para sempre (junto com o respeito dos demais).
Ou poderia procurar-se a causa em parte no assassinato das
recém-nascidas (na Índia, a lei proíbe que um ultrassom determine o sexo
do feto para prevenir o aborto ou posterior assassinato). Ou nos
casamentos arranjados que incluem crianças e adolescentes.
Talvez na falta de educação sexual nas escolas e lares, como aponta
Abenla Ozükum, porque sem ela “é impossível mudar a mentalidade do
povo”. Para Sonali Mukherjee, esse processo necessário levaria tempo “se
começamos agora, mas o cenário seria mais favorável em 10 ou 15 anos”.
Mas as violações e a impunidade masculina não são exclusividade da
Índia. Na África do Sul, por exemplo, uma jovem de 17 anos foi violada
num bar de Soweto em dezembro, enquanto o seu namorado de Déli lutava
pela vida. Ninguém no bar fez nada, nem mesmo chamou a polícia.
Poderíamos mencionar a China, onde morrem o dobro de bebés meninas que
neste país (cerca de 10 mil em 2010). Ou os Estados Unidos, onde uma
mulher é violada por minuto...
Dados oficiais do governo indicam que em Bengala Ocidental houve
pelo menos 30 mil denúncias de crimes contra mulheres em 2013, algo que a
governadora Banerjee nega, “como se eu tivesse culpa das violações”.
A estatística das violações é de quase 25 mil por ano em toda a
Índia (um a cada 20 minutos). Três de cada quatro violadores saem livres
“e a prisão não ajuda porque seguem sendo parte de uma comunidade”, diz
Sonali. “Deveriam ser condenados à prisão perpétua em completo
isolamento, sem nem contato com seus familiares.”
Há algumas semanas, Sonali fez 29 anos. E Rubi Gupta, de 28, morreu
no dia 21 de julho em um hospital na cidade de Bhopal, queimada com
ácido pelo seu ex-namorado. Uma semana mais tarde, cinco jovens
sequestraram uma criança de 12 anos na sua comunidade, violaram-na e
abandonaram-na no caminho; não há ainda detidos. A lista de crimes e
abusos parece interminável, as causas e as explicações também.
(ou como fazer romance histórico com a matéria "politicamente incorrecta" dos Descobrimentos)
Sou uma contadora de histórias de longo fôlego, tinha de falar de mim e dos meus "sucessos" (tema do TED), mas interessava-me mais falar das minhas personagens, cujas vidas foram verdadeiramente extraordinárias. Porém a regra dos 20 minutos das TEDx é um garrote e faz acelerar e, por vezes, faz perder o fio à meada.
A escritora Deana Barroqueiro foi uma das oradoras do evento! Sua apresentação acontece +/- a 1h 30 m do vídeo
Thu Dec 5, 2013 10:25am EST — Thu Dec 5, 2013 2:00pm EST
"Breaking new worlds" is the theme for TEDxBelémWomen; an event organized by Elizabeth Canha and Maria Serina, both journalists in whose careers the business world and the women’s world met. Female speakers from different areas and a broad age spectrum will be sharing ideas and inspiring experiences that will not leave one untouched. Follow us through our site at http://www.tedxbelemwomen.com/ or on Facebook at https://www.facebook.com/tedxbelemwomen
Research shows female stars are paid less, have fewer lines and spend more time with their clothes off than men. Edward Helmore - The Observer,
Inequality: The Bottom Line. Click image to enlarge. Graphic: James Melaugh
By Monday morning, The Hunger Games: Catching Fire, the sci-fi adventure thriller starring Jennifer Lawrence, will have taken close to half a billion dollars in global ticket sales. A female-led blockbuster is rare in any year, and all the more so in one marked by box-office disappointments and industry turmoil.
The New York Film Academy has published a remarkably comprehensive study that demonstrates just that: enduring disparities are revealed in the number of speaking parts given to men and women; the relative number of roles requiring full or partial nudity also shows a stark difference; and the sexual divide in offscreen jobs and the gulf in earnings between male and female actors is laid bare.
In publishing the survey, the academy called for a discussion about why, when women comprise half of ticket-buyers and nearly half of directors entered at this year's Sundance Film Festival, their numbers fall away dramatically at the top end of the industry. "By shedding light on gender inequality in film, we hope to start a discussion about what can be done to increase women's exposure and power in big-budget films," its publishers state.
Examining the top 500 films from 2007 to 2012, the survey found one third of speaking parts are filled by women and only 10% of films are equally balanced in terms of roles. The average ratio of male to female actors is 2.25 to 1.
"Like in any big industry, change takes time," points out Dr Martha M Lauzen, executive director, Centre for the Study of Women in Television, Film & New Media at San Diego state university, California, whose research forms the basis of the academy study. "Thefilm industry doesn't exist in a bubble. It's part of a larger society that tends to have biases and prejudices."
According to Lauzen, women comprised 18% of all directors, executive producers, producers, writers, cinema- tographers, and editors working on the top 250 domestic grossing films in 2012 – an improvement of only 1% since 1998. Counting directors alone, women accounted for only 9% – the same figure as in 1998. Lauzen says it is relevant to compare the number of women in positions of power in film, onscreen or off, to the number of women in leadership positions in Fortune 500 companies. "All of these are highly coveted, high-status positions – and when you're talking about those kinds of positions, they remain dominated by men."
The most surprising thing, Lauzen says, is the apparent lack of change. "A filmgoer might reference Hunger Games and think things must be OK. It's easy to be misled by a few high-profile cases. But you have to do the count; and the numbers show we're not seeing any change." According to Forbes, the 10 highest-paid actresses made a collective $181m (£110m) versus $465m made by the top 10 male actors. At last year's Academy Awards, 140 men were nominated compared with 35 women. There were no female nominees in directing, cinematography, writing or in several other categories.
When it comes to the silver screen itself the results of Lauzen's research are even more stark: 29% of women in the top 500 films wore sexually revealing clothes compared with only 7% of men; 26% of actresses appear partially naked, compared with 9% of men, and the percentage of teenage females depicted with some nudity has risen by a third since 2007. While those figures may be skewed by one film alone (Harmony Korine's hit teenage skin celebration Spring Breakers) the overall pattern of sex bias is unmistakable.
The casting of 50 Shades of Grey has been dogged by the reluctance among a series of potential male leads (including British hunk Charlie Hunnam, who accepted the part before dropping out over "scheduling conflicts") to get their kit off in a three-movie deal. At the same time, Adèle Exarchopoulos and Léa Seydoux, the stars of Blue Is the Warmest Colour, who were jointly awarded the Palme d'Or at the Cannes Film Festival, have spoken of their embarrassment at the excessive attention paid to the 20 minutes of sex in the three-hour movie. New York Times critic Manohla Dargis likened director Abdellatif Kechiche's filming to pornography. "Women tend be younger and are still expected to adhere to a higher standard of appearance," says Lauzen, whose studies have found filmgoers are more likely to know the marital status of a female character and occupation of a male. All of this feeds into stereotypes about the important parts of identity. For women, that is to be very young and look a certain way."
In her acceptance speech for an award for excellence in film, at Women in Film LA's annual Crystal+Lucy awards in June, actress Laura Linney witheringly described the overwhelmingly male ambience in the US film industry. When she first started, she said, she was astonished at the "enormous amount of time" men spent discussing the colour of her hair – a process that became "absurd and a complete waste of time".
"I soon realised that for the most part I was surrounded by men. As an actress in film, it is very easy to become isolated just due to the ratio of gender inequality that exists. Rarely do you have a scene with other women, very few women are on the crew, and what few female executives arrive tend to keep to themselves."
The success of individual women in film, whether Jennifer Lawrence in The Hunger Games, Cate Blanchett or Kathryn Bigelow, is often treated as a sign of progress, when, according to Lauzen and other critics, they are the exceptions that prove the rule. "The Hunger Games is just one film," says Lauzen. "The same thing happened when Bridesmaids came out, or when Kathryn Bigelow won her Oscar. People start talking about a 'Bridesmaids effect' or a 'Bigelow effect' – that these high-profile successes would radiate an effect to other women in the business."
But, she says, that's not the case. "Kathryn Bigelow's success may have helped her, but it didn't change the world because attitudes about gender or race or age are held on a very deep level. Old habits die hard. One of the reasons we haven't seen much change, is that it's not seen as a problem by people in positions of power – even by some women. Unless you perceive something as a problem you're not going to fix it."