Presidente da Xunta, Alberto Núñez Feijóo, considera que legislação espanhola deve adequar-se à realidade europeia.
O presidente da Xunta é um
dos muitos políticos do Partido Popular a criticar o polémico
anteprojecto para a reforma da lei do aborto proposta pelo ministro da
Justiça, Alberto Ruíz-Gallardón, e aprovado em Conselho de Ministros. A
revisão proposta restringe o direito à interrupção voluntária da
gravidez, que agora é livre até às 14 semanas de gestação, aos casos de
violação ou quando a saúde da mãe estiver em risco (comprovado por dois
atestados médicos).
Para o dirigente galego, a Espanha “não tem que assumir a legislação do aborto portuguesa”, ou a da França, o outro país vizinho que também poderá ser procurado pelas espanholas que desejem interromper a gravidez. “Mas como membro da União Europeia, a legislação espanhola deve adequar-se ao contexto europeu em que estamos”, defendeu.
Alberto Núñez Feijóo desvalorizou as divergências no seio do Partido Popular por causa da proposta de reforma – que mereceu a crítica quase consensual dos partidos de oposição –, assegurando que o partido concedeu aos seus membros “a liberdade que merecem as pessoas em assuntos difíceis” e garantindo que “o Governo pretende alcançar o maior consenso possível”.
O presidente da Xunta lembrou que o anteprojecto ainda se encontra numa fase de consulta e discussão no Congresso e que por isso “apesar de se manterem os princípios gerais do texto, as questões concretas ainda podem ser ajustadas”. Nesse sentido, exortou os deputados a “legislar para o conjunto dos espanhóis”, para que a reforma tenha “uma vocação de permanência”.
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