Romance: Tentação da Serpente


Um olhar feminino sobre o Antigo Testamento.
Uma história de mulheres, para mulheres, de que os homens também gostam.

"Tentação da Serpente" é uma reedição de "O Romance da Bíblia", publicado em 2010.

23 dezembro 2014

Desiguldade de género na Turquia - inspiração divina!

Presidente turco diz que é “contranatura” colocar homens e mulheres em pé de igualdade

Recep Tayyip Erdoğan defendeu numa convenção que a igualdade entre homens e mulheres não é natural e desferiu um golpe contra as femininistas por, na sua opinião, rejeitarem o conceito de maternidade.
Esta não é a primeira vez que Recep Tayyip Erdoğan faz comentários polémicos sobre a condição feminina
JUSTIN LANE/EPA


“Não se pode colocar homens e mulheres em pé de igualdade. É contranatura. Eles foram criados de forma diferente. A sua natureza é diferente. A sua constituição é diferente”. Foi o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, quem o disse num encontro em Istambul, onde promoveu a noção de “equivalência”, por oposição a “igualdade”, tendo em conta a relação das mulheres com a justiça, diz o Telegraph.

As declarações surgiram na sequência da convenção Women and Justice (Mulheres e Justiça, em português), organizada por grupos que lutam pela igualdade de género. Perante uma audiência de várias mulheres, incluindo a filha, Erdoğan argumentou que o sexo feminino não pode fazer o mesmo trabalho que os homens, por possuir uma “natureza delicada”, e que as mães gozam de uma posição privilegiada na sociedade — estatuto esse que diz não ser “aceite” pelas feministas.

No que à condição feminina diz respeito, Erdoğan tem sido criticado por ter dito recentemente que todas as mulheres turcas deveriam ter três filhos, além de propor limitações no acesso ao aborto, pílula do dia seguinte e cesarianas, acrescenta o Independent. O certo é que esta não é a primeira vez que presta declarações polémicas em público — ainda este mês, Erdoğan referiu que os muçulmanos tinham descoberto a América antes de Cristóvão Colombo.

Diferenças salariais, distribuição no trabalho, tráfico de seres humanos e violência doméstica são alguns dos temas em debate na convenção Women and Justice, com a duração de dois dias. Entre os muitos oradores no evento contam-se cargos altos das Nações Unidas, ativistas, académicos, jornalistas e empresárias.

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