Presidente turco diz que é “contranatura” colocar homens e mulheres em pé de igualdade
Recep Tayyip Erdoğan defendeu numa convenção que a igualdade entre homens e mulheres não é natural e desferiu um golpe contra as femininistas por, na sua opinião, rejeitarem o conceito de maternidade.
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Esta não é a primeira vez que Recep Tayyip Erdoğan faz comentários polémicos sobre a condição feminina
JUSTIN LANE/EPA
As declarações surgiram na sequência da convenção Women and Justice (Mulheres e Justiça, em português), organizada por grupos que lutam pela igualdade de género. Perante uma audiência de várias mulheres, incluindo a filha, Erdoğan argumentou que o sexo feminino não pode fazer o mesmo trabalho que os homens, por possuir uma “natureza delicada”, e que as mães gozam de uma posição privilegiada na sociedade — estatuto esse que diz não ser “aceite” pelas feministas.
No que à condição feminina diz respeito, Erdoğan tem sido criticado por ter dito recentemente que todas as mulheres turcas deveriam ter três filhos, além de propor limitações no acesso ao aborto, pílula do dia seguinte e cesarianas, acrescenta o Independent. O certo é que esta não é a primeira vez que presta declarações polémicas em público — ainda este mês, Erdoğan referiu que os muçulmanos tinham descoberto a América antes de Cristóvão Colombo.
Diferenças salariais, distribuição no trabalho, tráfico de seres humanos e violência doméstica são alguns dos temas em debate na convenção Women and Justice, com a duração de dois dias. Entre os muitos oradores no evento contam-se cargos altos das Nações Unidas, ativistas, académicos, jornalistas e empresárias.
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