O egípcio conhecido como o "emir" da força de
al-Hesbah, uma importante figura dentro das estruturas que se apresentam
como as forças policiais do Estado Islâmico e ele próprio autor de
várias decapitações, foi encontrado decapitado na zona oriental da
Síria, anunciou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
"Nós não sabemos se foi o Estado Islâmico a matá-lo, se
foram locais ou outros combatentes", disse Rami Abdulrahman, que dirige
o observatório sediado no Reino Unido e que possui uma rede de
informadores na Síria.
"De qualquer das formas é relevante, porque ele era um
homem muito importante", acrescentou, explicando que foi a primeira vez
que um membro da al-Hesbah é morto desta forma.
O seu corpo, que apresentava sinais de tortura, foi
encontrado próximo de uma central elétrica da cidade de al-Mayadeen, da
província de Deir-al-Zor.
"Isto é o mal, tu sheikh"
O observatório indicou ainda que junto ao corpo foi deixada uma mensagem, dizendo "Isto é o mal, tu sheikh". A cabeça decapitada tinha um cigarro na boca, sendo que recentemente o Estado Islâmico proibiu que se fumasse.
Residentes e ativistas indicaram que o homem decapitara
e apedrejara até à morte muitas pessoas nas áreas que estavam sob seu
controlo. Entre as suas vítimas encontraram-se combatentes inimigos ou
pessoas que considerava terem violado o seu entendimento da lei
islâmica, por práticas como adultério ou blasfémia.
Em dezembro na zona ocidental da Síria, uma das
autodenominadas forças policias decapitaram quatro homens que acusaram
de blasfémia. Dias antes assassínios semelhantes ocorreram no norte do
país, segundo informações obtidas pelo observatório.
Ataques a militantes do Estado Islâmico
O Estado Islâmico tem efetuado brutais ações de repressão sobre os combatentes inimigos e sobre populações locais.
A organização sediada no Reino Unido refere que as suas
autodenominadas forças policiais estão a ser confrontadas com alguns
atos de resistência e que na segunda-feira dois atacantes tentaram matar
dois militantes do Estado Islâmico na cidade de al-Mayadeen. Um
militante terá sido quase atropelado por um carro, enquanto o outro terá
sido atingido por uma arma metálica utilizada pelo atacante que se
descolava numa motorizada, tendo ficado gravemente ferido.
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