Romance: Tentação da Serpente


Um olhar feminino sobre o Antigo Testamento.
Uma história de mulheres, para mulheres, de que os homens também gostam.

"Tentação da Serpente" é uma reedição de "O Romance da Bíblia", publicado em 2010.

28 junho 2014

Conferência sobre a revolução chinesa custa cargo a Sautedé

   Inês Santinhos Gonçalves, Ponto Final, 27 de Junho 2014

PF 3021 capa
 
A palestra do historiador Frank Dikötter terá sido a gota de água. Depois disso, Éric Sautedé perdeu o cargo de organizador de eventos académicos.


 Éric Sautedé deixou de ser o responsável pela organização de eventos académicos na Universidade de São José depois de uma palestra com o historiador holandês Frank Dikötter sobre a revolução chinesa.

A conferência foi sugerida por Sautedé e inicialmente aceite pela instituição. A palestra estava marcada para 3 de Abril deste ano, no entanto, o PONTO FINAL sabe que a poucos dias de acontecer, esteve perto de ser cancelada devido a pressões externas – as fontes contactadas pelo PONTO FINAL não foram unânimes na identificação destas pressões. Apesar do impasse, a conferência de Dikötter avançou, já que o convite ao historiador estava feito, tinham sido enviadas as notas de imprensa e seria difícil cancelar o evento em tão pouco tempo. Ainda assim, a promoção à conferência foi suspensa.

A palestra decorreu com normalidade conseguindo atrair público e cobertura jornalística. Contudo, depois da sua realização, o professor Éric Sautedé perdeu o cargo de organizador de eventos académicos.

A palestra de Dikötter centrou-se no seu último livro “A tragédia da libertação” sobre a revolução chinesa. Em Macau, o historiador  holandês defendeu a sua tese de que os primeiros anos do comunismo chinês foram marcados pela violência sistemática. “Mao quebrou todas as suas promessas” e foi assim que conseguiu controlo absoluto, disse. O investigador defendeu que a reforma agrária foi um acto de violência em que a maioria das pessoas foi incitada a denunciar um pequeno grupo de pessoas. “Foi um pacto selado com sangue entre o povo e o partido. A fundação da República Popular da China está escrita em sangue”, afirmou.

Recorde-se que o Presidente Xi Jinping já defendeu que a negação das conquistas da revolução é negar as conquistas do partido comunista chinês.

Até à hora de fecho desta edição, não foi possível chegar à fala com o reitor Peter Stilwell.

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