Romance: Tentação da Serpente


Um olhar feminino sobre o Antigo Testamento.
Uma história de mulheres, para mulheres, de que os homens também gostam.

"Tentação da Serpente" é uma reedição de "O Romance da Bíblia", publicado em 2010.

30 dezembro 2013

"Tinha a certeza de que me queriam matar", revela a jornalista ucraniana agredida

A jornalista ucraniana Tetiana Chornovil considerou que o ataque de que foi vítima na quarta-feira "não terá sido cometido de forma aleatória", depois de passar o dia a fotografar as propriedades do ministro do Interior e procurador-geral. 


Em entrevista à televisão pertencente à oposição da Ucrânia, Kanal 5, ainda no hospital, a jornalista opositora do Governo, que tem o nariz partido e ainda não pode abrir um olho, disse que no dia da agressão foi seguida "por um jipe de luxo de cor preta".

A agressão ocorreu no mesmo dia em que a jornalista fez várias fotos das propriedades do ministro do Interior, Vitaly Zakharchenko, e do procurador-geral Viktor Pchonka, afirmou Tetiana Chornovil, que é igualmente ativista da "Euromaidan" (Praça da Independência), onde se concentram as manifestações pró-União Europeia.

O ataque aconteceu perto da meia-noite (hora local) numa rua próxima da cidade de Boríspol, na periferia de Kiev, quando Chornovil regressava de carro da capital para sua casa na localidade de Gorá.

"Voltei para a minha aldeia (nos arredores de Kiev). Quando eu vi este carro, eu decidi ir para Maidan", contou a jornalista, assinalando que o veículo que a seguia começou a bater de todos os lados para a forçar a parar o automóvel.

"Quando você é atingido por um carro e de luxo, você entende que sua vida tem um preço", disse, adiantando que, apesar de ter tentado fugir, um dos ocupantes do jipe quebrou uma janela do seu carro, pegaram nela e bateram-lhe "várias vezes na cabeça e no rosto".

"Eu tinha certeza de que me queriam matar", afirmou, na entrevista ao Canal 5.

A jornalista, que publicou vários trabalhos investigativos sobre a residência "ilegalmente privatizadas" pelo Presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, disse igualmente na entrevista que descobriram recentemente uma nova residência do chefe de Estado ucraniano.

A agressão a Tetiana Tchornovol, que também está na vanguarda da disputa pró-europeia, causou uma onda de revolta na Ucrânia e no exterior, e a oposição ucraniana convocou uma nova manifestação para domingo.

Entretanto, a polícia ucraniana anunciou que foram já detidos três suspeitos da agressão à jornalista.

Jovem violada por 2 gangues, na mesma noite, na Índia

Na véspera de Natal uma mulher indiana foi atacada duas vezes por dois gangues diferentes quando saiu da casa de uns amigos. Pelo meio ainda foi ajudada por uns conhecidos mas o segundo grupo de homens conseguiu raptá-la dos ajudantes, avança a BBC.
Uma mulher de 21 anos foi violada por dois gangues diferentes no mesmo dia, em Pondicherry, na India. A polícia local afirmou que os 10 homens envolvidos foram detidos, de acordo com a BBC.

Smitha regressava a casa depois de passar a consoada com uns amigos, em Karaikal, na província de Puducherry, na Índia, quando foi sequestrada por três homens e violada por um deles. Alguns minutos depois, outro grupo de sete homens chegou e seis deles voltaram a violá-la, um por um, alternadamente.

Smitha estava acompanhada de uma amiga e do namorado desta. Rani queixou-se de mal estar e o rapaz propôs que fossem para casa de um amigo, ali perto. Smitha sugeriu que subissem só os dois, pois queria voltar para casa cedo. E seguiu caminho.

No momento em que se encontrava sozinha, em segundos, um gangue de três homens aproximou-se e sequestrou-a. A jovem ainda conseguiu contactar uns amigos, dois dos quais a localizaram e foram ao seu encontro, mas, quando estavam a levá-la para um local seguro, apareceu outro gangue de sete homens que os atacou, afastando-os. E Smitha voltou a ser violada e agredida violentamente.

Os dois amigos, já recuperados, iniciaram uma caça aos agressores e partiram em busca da jovem. Conseguiram identificar um dos homens envolvidos e decidiram fazer justiça, envolvendo-se numa rixa com o guangue que, entretanto, se reunira. 

Um homem residente no local alertou a polícia para o que estava a suceder. Três dos agressores foram presos e outros sete suspeitos detidos mais tarde. A polícia adiantou que um dos jovens acusados era menor de idade e avança ainda que os dois grupos não têm qualquer relação entre si e não eram conhecidos da vítima.

A comandante da polícia local, Monika Bahardwaj, revelou que foi aberta uma investigação para averiguar a veracidade do depoimento da vítima. O inspetor e chefe do departamento, Venkatachalapathy Sabapathy, foi suspenso por não conseguir lidar com o incidente. 

A BBC refere que dois agentes da polícia foram suspensos no desenrolar deste caso por se terem negado a registar a participação da mulher.

Os suspeitos já confessaram o crime, diz a polícia, mas ainda não foram formalmente acusados pelo tribunal. Nenhum deles falou publicamente sobre o sucedido.

Smitha trabalhava numa empresa de informática, em Tamil Nadu. Foi encontrada em estado muito grave e está neste momento internada no Hospital de Yaraikal, perto de Puducherry.


A Índia tem sido amplamente noticiada devido a casos de violência contra as mulheres, mesmo tendo já havido mudanças nas leis devido ao caso ocorrido em Dezembro do ano passado em Nova Dehli, em que uma estudante de 23 anos foi espancada e violada repetidamente num autocarro em movimento por um grupo de homens, tendo resultado na sua morte.

11 dezembro 2013

Hyeonseo Lee: A minha fuga da Coreia do Norte

Enquanto criança a crescer na Coreia do Norte, Hyeonseo Lee pensava que o seu país era "o melhor do mundo". Apenas com a fome dos anos 90 é que começou a questionar-se. Ela fugiu do país aos 14 anos, para começar uma vida na clandestinidade, como refugiada na China. A ela pertence uma história angustiante e pessoal de sobrevivência e esperança – e uma poderosa lembrança daqueles que enfrentam o perigo constante, mesmo quando a fronteira já ficou para trás. Born in North Korea,
Filmed Feb 2013 • Posted Mar 2013TED2013

Hyeonseo Lee left for China in 1997. Now living in South Korea, she has become an activist for fellow refugees.

Manal al-Sharif e a sua luta pelos direitos das mulheres

Não existe uma verdadeira lei que proíba as mulheres de conduzir na Arábia Saudita. Mas é proibido.

Há dois anos, Manal al-Sharif decidiu encorajar as mulheres a conduzir, fazendo-o — e filmando-se para o YouTube. Ouçam a sua história do que aconteceu em seguida e como ela luta pelos direitos das mulheres sauditas.

Manal al-Sharif advocates for women’s right to drive, male guardianship annulment, and family protection in Saudi Arabia.


A culpa é tua!

Atrizes satirizam culpabilização da mulher, na Índia, em casos de violação



A maioria das vítimas de ataques sexuais são mulheres, que vêem apontadas as suas roupas como razão do crime que sofreram. Atrizes de Bollywood usam a comédia para criticar este argumento.
 
Duas atrizes indianas usam o sarcasmo para criticar aqueles que culpabilizam as mulheres vítimas de violação sexual, seja por saírem à noite com amigos homens ou por usarem saias na rua.
 
Nos últimos meses têm ocorrido vários casos de abusos sexuais na Índia, incluindo ataques em grupo. O debate sobre este tema é cada vez mais frequente na sociedade indiana.
 
O vídeo, intitulado ‘A culpa é tua', mostra duas atrizes, ambas membros do grupo de comédia All India Backhod's, a dizerem às mulheres que elas são culpadas pelo crime que sofreram.
 
"Mulher, a culpa é tua", repetem à medida que apontam as razões para a sua violação: ficar a trabalhar até tarde, as roupas que usam e não dar luta aos agressores, à medida que vão ficando com cada vez mais feridas e ensanguentadas.

Violações sexuais não param de aumentar na Índia

25 mil mulheres por ano são violadas na Índia, uma a cada 20 minutos. Há oito meses uma violação coletiva num autocarro, em plena luz do dia, matou uma estudante. O caso incendiou a opinião pública indiana e deu visibilidade mundial a este crime horrendo, apesar disso o número de violações sexuais não pára de aumentar.
Artigo publicado no portal Opera Mundi - 2 Setembro, 2013 
     
 
Sonali Mukerjee era estudante em Dhanbad, uma pequena cidade do nordeste. No dia 22 de abril de 2003, três jovens assediaram-na sexualmente ao sair do colégio. A jovem defendeu-se e chegou a casa ilesa. Durante a noite, os atacantes invadiram-lhe a casa e lançaram-lhe ácido no rosto e em boa parte do corpo, enquanto dormia. A sua pele ardeu, os seus olhos e orelha desapareceram quase por completo. Tinha 18 anos e hoje ainda necessita de cirurgias para continuar viva. Os seus agressores passaram dois anos na cadeia.
 
Tal como Sonali, a famosa heroína de Déli que morreu em dezembro passado, defendeu-se dos seus agressores. O nível de violência exercido pelos seus cinco violadores, num autocarro em movimento, escandalizou a sociedade hindu, que protestou e exigiu o fim das agressões. Não participaram apenas os militantes e as feministas, também a classe média profissional e os estudantes marcharam na capital, em Mumbai e em uma dúzia de cidades.

O dia a dia da jovem estudante de fisioterapia de 22 anos, em coma num hospital, era transmitido ao vivo por emissoras de televisão e rádio de todo o mundo. Logo após a sua morte, com os cinco acusados detidos (um deles menor de idade), o seu pai e vários políticos pediram pena de morte para os arguidos.

Desde então, há nos meios de comunicação um debate sobre a agressão contra as mulheres, com as violações em primeiro plano. Paradoxalmente, algumas semanas depois, pelo menos oito adolescentes indianas foram violadas num internato para mulheres no estado de Orissa — caso que mereceu apenas alguns parágrafos em um dos diários nacionais em fevereiro.

Como explicar a frequência das violações (cuja incidência aumentou até 70% no sul da Índia nos últimos dois anos) e a extrema violência das agressões masculinas.
 
Sonali, que percorre o país defendendo vítimas como ela, acredita que em parte isso acontece porque as mulheres ainda acreditam estar indefesas, e luta para que se fortaleçam e aprendam defesa pessoal. “Se uma mulher ou uma jovem acredita ser frágil, talvez não consiga proteger-se ”, explica.

Boski Jain, jovem profissional do centro do país, e Abenla Ozükum, trabalhadora social indiana do nordeste, coincidem numa coisa: as formas de domínio masculino são antigas, os homens, na Índia, “têm visto as mulheres desde sempre como mercadorias, se considerando superiores e depreciando-as”, explica Ozükum.

Estigma de ser mulher

Aqui, as demonstrações físicas de afecto em público são escassas. Os jovens raramente dão as mãos e não se beijam nos parques ou centros comerciais. Os meios de transporte colectivo reservam, por lei, uma porção de lugares para as mulheres e as penas por delitos sexuais incluem a morte por enforcamento.

Por outro lado, os casos de agressões e abusos são comuns. Na rua e em casa, nos autocarros e nas escolas. “Talvez devessem torná-los impotentes pelo resto da vida, castigá-los com toda severidade”, afirma Boski Jain, de 25 anos.

No entanto, a possibilidade de contar com a polícia é insignificante. Há um ano, a revista Tehelka realizou uma reportagem escondida em diversas esquadras. Mais de doze oficiais explicaram frente a uma câmara que as mulheres quase sempre provocavam (ou desejavam) a violação. Talvez por isso o nível de condenações por violação é apenas 26% dos casos denunciados.

Alguns costumes masculinos

Pode ser pior: muitas vezes, sobretudo em comunidades ou famílias muito religiosas, independentemente de crenças, classe ou casta, as mulheres violentadas são obrigadas a casar com os seus agressores, como reparação pelo dano e para restituir sua honra, que de outra forma perderiam para sempre (junto com o respeito dos demais).

Ou poderia procurar-se a causa em parte no assassinato das recém-nascidas (na Índia, a lei proíbe que um ultrassom determine o sexo do feto para prevenir o aborto ou posterior assassinato). Ou nos casamentos arranjados que incluem crianças e adolescentes.

Talvez na falta de educação sexual nas escolas e lares, como aponta Abenla Ozükum, porque sem ela “é impossível mudar a mentalidade do povo”. Para Sonali Mukherjee, esse processo necessário levaria tempo “se começamos agora, mas o cenário seria mais favorável em 10 ou 15 anos”.

Mas as violações e a impunidade masculina não são exclusividade da Índia. Na África do Sul, por exemplo, uma jovem de 17 anos foi violada num bar de Soweto em dezembro, enquanto o seu namorado de Déli lutava pela vida. Ninguém no bar fez nada, nem mesmo chamou a polícia. Poderíamos mencionar a China, onde morrem o dobro de bebés meninas que neste país (cerca de 10 mil em 2010). Ou os Estados Unidos, onde uma mulher é violada por minuto...

Dados oficiais do governo indicam que em Bengala Ocidental houve pelo menos 30 mil denúncias de crimes contra mulheres em 2013, algo que a governadora Banerjee nega, “como se eu tivesse culpa das violações”.

A estatística das violações é de quase 25 mil por ano em toda a Índia (um a cada 20 minutos). Três de cada quatro violadores saem livres “e a prisão não ajuda porque seguem sendo parte de uma comunidade”, diz Sonali. “Deveriam ser condenados à prisão perpétua em completo isolamento, sem nem contato com seus familiares.”

Há algumas semanas, Sonali fez 29 anos. E Rubi Gupta, de 28, morreu no dia 21 de julho em um hospital na cidade de Bhopal, queimada com ácido pelo seu ex-namorado. Uma semana mais tarde, cinco jovens sequestraram uma criança de 12 anos na sua comunidade, violaram-na e abandonaram-na no caminho; não há ainda detidos. A lista de crimes e abusos parece interminável, as causas e as explicações também.

06 dezembro 2013

TEDxBelémWomen

Os Portugueses pioneiros da Globalização

(ou como fazer romance histórico com a matéria "politicamente incorrecta" dos Descobrimentos)

Sou uma contadora de histórias de longo fôlego, tinha de falar de mim e dos meus "sucessos" (tema do TED), mas interessava-me mais falar das minhas personagens, cujas vidas foram verdadeiramente extraordinárias. Porém a regra dos 20 minutos das TEDx é um garrote e faz acelerar e, por vezes, faz perder o fio à meada.


A escritora Deana Barroqueiro foi uma das oradoras do evento!
Sua apresentação acontece +/- a 1h 30 m do vídeo


The Portuguese, pioneers of Globalisation - by Deana Barroqueiro, starting at 1h 34m in this video


Thu Dec 5, 2013 10:25am EST — Thu Dec 5, 2013 2:00pm EST
              
"Breaking new worlds" is the theme for TEDxBelémWomen; an event organized by Elizabeth Canha and Maria Serina, both journalists in whose careers the business world and the women’s world met. Female speakers from different areas and a broad age spectrum will be sharing ideas and inspiring experiences that will not leave one untouched. Follow us through our site at http://www.tedxbelemwomen.com/ or on Facebook at https://www.facebook.com/tedxbelemwomen

02 dezembro 2013

The naked truth: Hollywood still treats its women as second class citizens

Research shows female stars are paid less, have fewer lines and spend more time with their clothes off than men.
- The Observer,
 Inequality: The Bottom Line. Click image to enlarge. Graphic: James Melaugh
 
By Monday morning, The Hunger Games: Catching Fire, the sci-fi adventure thriller starring Jennifer Lawrence, will have taken close to half a billion dollars in global ticket sales. A female-led blockbuster is rare in any year, and all the more so in one marked by box-office disappointments and industry turmoil.

Nevertheless the film's success is likely to intensify rather than diminish calls for greater sexual equality in film. For despite the success of women-led films such as The Hunger Games and Cate Blanchett's Oscar-tipped performance in Woody Allen's Blue Jasmine, or directors like Kathryn Bigelow and writers such as Lena Dunham – and most recently the taboo-busting French lesbian romance Blue Is the Warmest Colour – Hollywood remains stubbornly set in its ways regarding sexual equality.

The New York Film Academy has published a remarkably comprehensive study that demonstrates just that: enduring disparities are revealed in the number of speaking parts given to men and women; the relative number of roles requiring full or partial nudity also shows a stark difference; and the sexual divide in offscreen jobs and the gulf in earnings between male and female actors is laid bare.

In publishing the survey, the academy called for a discussion about why, when women comprise half of ticket-buyers and nearly half of directors entered at this year's Sundance Film Festival, their numbers fall away dramatically at the top end of the industry. "By shedding light on gender inequality in film, we hope to start a discussion about what can be done to increase women's exposure and power in big-budget films," its publishers state.

Examining the top 500 films from 2007 to 2012, the survey found one third of speaking parts are filled by women and only 10% of films are equally balanced in terms of roles. The average ratio of male to female actors is 2.25 to 1.

"Like in any big industry, change takes time," points out Dr Martha M Lauzen, executive director, Centre for the Study of Women in Television, Film & New Media at San Diego state university, California, whose research forms the basis of the academy study. "The film industry doesn't exist in a bubble. It's part of a larger society that tends to have biases and prejudices."

According to Lauzen, women comprised 18% of all directors, executive producers, producers, writers, cinema- tographers, and editors working on the top 250 domestic grossing films in 2012 – an improvement of only 1% since 1998. Counting directors alone, women accounted for only 9% – the same figure as in 1998. Lauzen says it is relevant to compare the number of women in positions of power in film, onscreen or off, to the number of women in leadership positions in Fortune 500 companies. "All of these are highly coveted, high-status positions – and when you're talking about those kinds of positions, they remain dominated by men."

The most surprising thing, Lauzen says, is the apparent lack of change. "A filmgoer might reference Hunger Games and think things must be OK. It's easy to be misled by a few high-profile cases. But you have to do the count; and the numbers show we're not seeing any change." According to Forbes, the 10 highest-paid actresses made a collective $181m (£110m) versus $465m made by the top 10 male actors. At last year's Academy Awards, 140 men were nominated compared with 35 women. There were no female nominees in directing, cinematography, writing or in several other categories.

When it comes to the silver screen itself the results of Lauzen's research are even more stark: 29% of women in the top 500 films wore sexually revealing clothes compared with only 7% of men; 26% of actresses appear partially naked, compared with 9% of men, and the percentage of teenage females depicted with some nudity has risen by a third since 2007. While those figures may be skewed by one film alone (Harmony Korine's hit teenage skin celebration Spring Breakers) the overall pattern of sex bias is unmistakable.

The casting of 50 Shades of Grey has been dogged by the reluctance among a series of potential male leads (including British hunk Charlie Hunnam, who accepted the part before dropping out over "scheduling conflicts") to get their kit off in a three-movie deal. At the same time, Adèle Exarchopoulos and Léa Seydoux, the stars of Blue Is the Warmest Colour, who were jointly awarded the Palme d'Or at the Cannes Film Festival, have spoken of their embarrassment at the excessive attention paid to the 20 minutes of sex in the three-hour movie. New York Times critic Manohla Dargis likened director Abdellatif Kechiche's filming to pornography. "Women tend be younger and are still expected to adhere to a higher standard of appearance," says Lauzen, whose studies have found filmgoers are more likely to know the marital status of a female character and occupation of a male. All of this feeds into stereotypes about the important parts of identity. For women, that is to be very young and look a certain way."

In her acceptance speech for an award for excellence in film, at Women in Film LA's annual Crystal+Lucy awards in June, actress Laura Linney witheringly described the overwhelmingly male ambience in the US film industry. When she first started, she said, she was astonished at the "enormous amount of time" men spent discussing the colour of her hair – a process that became "absurd and a complete waste of time".

"I soon realised that for the most part I was surrounded by men. As an actress in film, it is very easy to become isolated just due to the ratio of gender inequality that exists. Rarely do you have a scene with other women, very few women are on the crew, and what few female executives arrive tend to keep to themselves."

The success of individual women in film, whether Jennifer Lawrence in The Hunger Games, Cate Blanchett or Kathryn Bigelow, is often treated as a sign of progress, when, according to Lauzen and other critics, they are the exceptions that prove the rule. "The Hunger Games is just one film," says Lauzen. "The same thing happened when Bridesmaids came out, or when Kathryn Bigelow won her Oscar. People start talking about a 'Bridesmaids effect' or a 'Bigelow effect' – that these high-profile successes would radiate an effect to other women in the business."

But, she says, that's not the case. "Kathryn Bigelow's success may have helped her, but it didn't change the world because attitudes about gender or race or age are held on a very deep level. Old habits die hard. One of the reasons we haven't seen much change, is that it's not seen as a problem by people in positions of power – even by some women. Unless you perceive something as a problem you're not going to fix it."